sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Não faz sentido.

Não consigo pensar. Minha cabeça vai explodir, nada vai me fazer esquecer.  A dor do desespero, Ela nunca passa, ela sempre volta. Lembranças. Estou com medo. Quero sumir. Para onde ? Queria ser fria o bastante para não chorar. Estou assustada, me sinto frágil. É tão ruim, não quero dormir. Estou com medo de deixar você ir dormir, não quero que ninguém durma, e se eu acordar e você não estiver mais aqui ? como vai ser. . . eu não quero pensar nisso. Não consigo não pensar, mas ainda não consigo pensar. Eu ouço vozes, as risadas. Lembro da praia. Lembro dos momentos, de todas aquelas coisas. Ele não vai estar aqui quando eu acordar. Não entendo. Porque ele fez isso comigo ? Preciso de um cigarro, alguém tem heroína ? me tragam ele de volta. Me perdi. Preciso de mim. Preciso dele. Me sinto desmoronar. Não sei o que estou sentido. Loucura, estou ficando louca. A intensidade das minhas palavras, o modo como não quero, mas não consigo parar de falar me assusta. Você vai voltar ? Pode ouvir ? Pode me ver ? Aonde você foi ? Quando volta ? Estou esperando. Não vai voltar, eu sei.
Mas preciso dizer isso á mim agora. Preciso mentir, me enganar. Ninguém vai dormir hoje, não vou deixar. Me prometam, vão estar aqui amanhã, e depois, e depois. . . Preciso de um abraço, De quem ? não sei. Quero um sorriso. Suas palavras, me diga que a vida nunca é o que espera. Me diga que está mal. Me diga que vamos tomar uma pinga amanhã e resolver tudo. Você está bem ? Desculpe, eu preciso saber. Não sei o que sentir. Ainda não consigo pensar em nada. Quando vai vir me ver ? Preciso de você agora. Estou falando tanto, faz algum sentido ? Tem qualquer ligação instável nas minhas palavras ? Não. A dor, ela nunca passa. Ao invés de meia hora distante, está meia hora mais assustadora, mais constante. A dor, é, ela está me dando socos. As estrelas, elas continuam mentindo. E sim, elas ainda brilham. Por quanto tempo ? Não sei. As estrelas também não podem dormir, preciso delas. Quero mentira, quero o brilho amanhã, o brilho mentiroso, o brilho da falta. Isso vai passar ? nunca, isso posso me dizer. Não consigo mais mentir. Quanto tempo se passou ? Não sei. Preciso dormir, mas não quero.
Estou me sentindo em desespero, mas parece outra mentira. Verdade ? verdade agora é relativo. Te sinto tão perto, tão do meu lado. Mas sei que está longe. Preciso saber, vai voltar ? Vai vir me ver ? Quantas ainda vamos tomar juntos. Não vá dormir. Não feche os olhos. É um sonho, um sonho ruim. Não digo pesadelo, pesadelo é vulgar. Preciso de você.


Dedicado á Wanderson e Wander. - 25 de setembro de 2O1O. Grandes amigos, ótimos irmãos. 

Luto. 


2 comentários:

  1. como já disse no MSN... não cabe à mim tentar medir sua dor... resta a mim falar das palavras: digo e repito, tu tem um baita futuro como escritora!

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  2. sinceramente? lindo. vou colar no word para ele ver quando vir aqui em casa.

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