segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Não tenho um título para isso. Você tem ?

Começo a escrever sem planejar a exatidão das palavras, com tudo, havia um vazio constante que me tomava e em momentos de maior solidão, me convinha contar á mim mesma sobre alguns de meus motivos, mesmo que eu não os tivesse. Um dia, vi alguém dizer que negávamos a escuridão dentro de nós, plantando postes de luz a cada dois metros na rua, e lâmpadas em nossas casas, seria essa a grande dúvida da vida ? Ou seria essa, apenas mais um erro cometido na vida ?
Talvez meu maior erro fosse pensar de mais, e me frustrar por ver que haviam tantas coisas no mundo, e nada em que eu realmente me encaixasse, agente espera muito da vida, e se decepciona com ela, espera muito dos outros, e acaba sozinho, acabamos por esperar mais ainda de nós mesmos, e assim, numa mescla de angústia e consignação, nós só acabamos. . .

Me perdi para mim a alguns anos, quando notei que não necessariamente eu tinha que ser alguma coisa na minha vida, embora eu quisesse mais do que tudo no mundo, me encontrar dentro de mim, para somente assim, ter algo em que me apoiar quando precisasse. Numa sala pequena, somos acostumados a sonhar, e ter esperança diante do caos organizado que tornamos o mundo. Mas somos todos indiferentes, fazendo de nós mesmos os críticos, quando somos os admiradores do caos da humanidade. Quantas pessoas você viu hoje, que precisavam de um prato de comida ? E por quantas delas você sentiu nojo ? O fato é, que somos feitos da mesma matéria prima, todos eles tem pele, independente da cor, todos tem sangue correndo nas veias, do mais rico homem no mundo, ao mais pobre, do mais infeliz ao mais triste, Somos todos iguais, e em nossa pequeneza, incapazes de nos ver assim.
As vezes me sinto tão presa dentro de mim, a vontade de chorar aperta, as paredes somem e eu viajo para um nada, um caos generalizado que se resume em absolutamente nada, me passo a pensar em coisas inúteis, como, Quem somos nós para julgar ? descriminar ? sentir nojo ? E sentimos tudo isso ainda assim. . . Quem somos nós para simplesmente desejar qualquer que seja a coisa no mundo, se tudo acaba, se deteriora, transformando sua felicidade em algo completamente efêmero. . .
Isso não é vida, não estamos vivos. Estamos brincando de viver, fingindo que vivemos, fingindo que choramos, sentimos, rimos, ou qualquer outra coisa, porque somos frios e tudo dentro de nós passa por mais intenso que possa parecer . . .
Isso me faz sentir um monstro, e quer saber ? A sensação não é ruim.


4 comentários:

  1. Somos todos Frankstein's, minha linda...
    Seremos nojentos, imundos e monstruosos um dia.
    Mas tem quem nos ame. Eu pelo menos te amo muito ttt' E pra variar seu texto ficou lindo u.u
    Beijos, Ju. ♥

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  2. é... somos todos assim... eu já não lembro de onde pra onde eu ia, só sei que me perdi, mas nesse "perdido" eu te achei! Te amo minha pequena monstrinha! ♥

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  3. Decepção é crescimento, não é? :) Pequeneza ou estranheza sua ou dos outros é questão de percepção e é através da percepção que a gente aprecia e julga o mundo.

    Quando meditamos do modo que você descreveu, podemos conhecer, construir ou destruir... Não acredito que a frieza que descreveu seja generalizada! Quando nos aprofundamos podemos sentir calor.

    Frio e calor não é questão de percepção? Apreciação e julgamento? :3

    Gostei de te ler ♥

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  4. Que texto idiota...
    Você é o que deseja ser, ora. Se quer ser pequena e patética, vai ser pequena e patética. É tudo questão de força de vontade e sorte. E convenhamos, você tem muita sorte já.
    Só porque você não sente nada, não venha falar merda que o resto do mundo não sente, adolescente em crise é foda mesmo...
    Não vi nada de especial aqui, só besteira de drama adolescente que só vai passar quando quem escreveu amadurecer.
    Eu te amo, e é exatamente por isso que eu sou sincero com você.

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