Mas preciso dizer isso á mim agora. Preciso mentir, me enganar. Ninguém vai dormir hoje, não vou deixar. Me prometam, vão estar aqui amanhã, e depois, e depois. . . Preciso de um abraço, De quem ? não sei. Quero um sorriso. Suas palavras, me diga que a vida nunca é o que espera. Me diga que está mal. Me diga que vamos tomar uma pinga amanhã e resolver tudo. Você está bem ? Desculpe, eu preciso saber. Não sei o que sentir. Ainda não consigo pensar em nada. Quando vai vir me ver ? Preciso de você agora. Estou falando tanto, faz algum sentido ? Tem qualquer ligação instável nas minhas palavras ? Não. A dor, ela nunca passa. Ao invés de meia hora distante, está meia hora mais assustadora, mais constante. A dor, é, ela está me dando socos. As estrelas, elas continuam mentindo. E sim, elas ainda brilham. Por quanto tempo ? Não sei. As estrelas também não podem dormir, preciso delas. Quero mentira, quero o brilho amanhã, o brilho mentiroso, o brilho da falta. Isso vai passar ? nunca, isso posso me dizer. Não consigo mais mentir. Quanto tempo se passou ? Não sei. Preciso dormir, mas não quero.
Estou me sentindo em desespero, mas parece outra mentira. Verdade ? verdade agora é relativo. Te sinto tão perto, tão do meu lado. Mas sei que está longe. Preciso saber, vai voltar ? Vai vir me ver ? Quantas ainda vamos tomar juntos. Não vá dormir. Não feche os olhos. É um sonho, um sonho ruim. Não digo pesadelo, pesadelo é vulgar. Preciso de você.
Dedicado á Wanderson e Wander. - 25 de setembro de 2O1O. Grandes amigos, ótimos irmãos.
Luto.